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Acarajé dos Baianeiros

Nascida entre Ilhéus e Itabuna, Raquel aprendeu com a avó, Inácia, a preparar os acarajés. Os saberes necessários, desde o plantio, colheita e catação do feijão, ingrediente primordial na produção do acarajé, estão na família desde os tempos da Bahia e foram passados através de histórias que Raquel cresceu ouvindo. O feijão do Acarajé dos Baianeiros vem de uma roça da família no norte de Minas, perto de Montes Claros, e as demais preparações são realizadas na casa de Raquel, com auxílio do marido, Paulo, e dos filhos, Erick e Willow, na Ocupação Tomás Balduíno em Ribeirão das Neves. Os acarajés são vendidos na Feira UFMG e na Feira de Arte e Artesanato da Av. Afonso Pena, em Belo Horizonte.

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O Acarajé dos Baianeiros tem suas preparações realizadas na casa de Raquel, com auxílio do marido e dos filhos, na Ocupação Tomás Balduíno, limite entre os municípios de Ribeirão das Neves e Vespasiano. Os acarajés e outros alimentos, como tapiocas e sucos, são vendidos frequentemente na Feira UFMG e na Feira de Arte e Artesanato da Av. Afonso Pena (também conhecida popularmente como Feira Hippie), no centro de Belo Horizonte. 


O feijão e a mandioca sempre foram a base da alimentação e da renda dos pais e da família de Raquel. A família começou a vender na rua, em tabuleiros - o acarajé foi uma vitória não só para nós, mas para a família inteira, diz Raquel.  Ela conta que foi a avó quem trouxe o acarajé para Belo Horizonte, fez a viagem na cara e na coragem. Mais tarde, Raquel veio com toda a família e desde cedo acompanhava a avó nas feiras pela capital mineira. Por isso, para ela, fazer acarajé é mais do que fonte de renda, é o que mantém suas raízes vivas.


A produção dos bolinhos e da massa da tapioca é toda artesanal, feita em casa. O feijão fradinho e a mandioca, quando possível, são cultivados em uma terra própria, por volta de 60 ha, no município de Joaquim Felício, próximo a Montes Claros. A cunhada reside na terra, mas Raquel e o marido vão com frequência. O camarão tem origem da Bahia, mais especificamente de Nova Viçosa e as frutas para o suco adquiridas de vizinhos da Ocupação Tomás Balduíno, sempre que possível. 

A variedade de feijão que plantam é de uma semente que está a várias gerações na família, é o tipo ideal para o acarajé. Entretanto, neste momento de crise climática e mudanças do regime de chuvas, eles têm encontrado dificuldade no cultivo: o feijão fradinho é de clima mais seco e às vezes quando a chuva vem na época errada o feijão não amadurece do jeito que precisa, podendo perder a plantação ou tornar mais difícil o processo de pilar que é todo manual.


A distância para se locomoverem até a roça também traz dificuldades. Raquel tem vontade de passar mais tempo na produção de feijão e planeja um dia morar lá: quero terminar de fazer a minha plantação lá em Joaquim Felício. Chamar o pessoal pra ir lá, fazer muita plantação boa pra todo mundo comer, pra gente fazer aquela festividade.
 

Estar nas feiras vendendo é o que ela e as mulheres da família fazem a vida toda, e é a única fonte de renda da família. Atualmente, a mãe de Raquel está idosa e precisa da sua ajuda para manter a barraca na Feira Hippie, onde estão todos os domingos. Além das feiras, aos sábados, comercializam na Ceasa Minas - Central de Abastecimento de Minas Gerais, no município de Contagem. 


Raquel conta que já tentou fazer outras coisas, mas quando você nasce com uma raiz, se você tenta mudar, não dá certo, como ela diz. 

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