
Sítio Solar Paraíso
Sítio Solar Paraíso é o nome dado por Cleonice, a Cleo, e Tarcísio ao espaço onde produzem alimentos e recebem visitantes para vivências baseadas nos princípios da agroecologia. Localizado no município de Nova Lima, o sítio é o local de moradia do casal e da família de Tarcísio. Lá trabalham em atividades como: compostagem e adubação orgânica, cuidado com as águas, coleta e armazenamento de sementes, plantios e cultivos com base em saberes tradicionais. Frutas, hortaliças, legumes, ervas, charcutaria, embutidos, sanduíches, mel e derivados, doces e conservas são alguns dos produtos destinados para o autoconsumo, para a alimentação escolar do município e para a comercialização em feiras e eventos dos quais participam, como a Feira UFMG.
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Filha de agricultores, Cleo conta que a ligação com a terra sempre esteve presente em sua vida - antes de nascer, sua mãe estava na lida com o arroz no município de Açucena, no sudoeste do estado de Minas Gerais. Formada em paisagismo, trabalhou no instituto Kairós como tal e posteriormente conheceu Ernest Gotch: após o encontro com Ernest, descobri que o que eu fazia já era agroecologia.
Já Tarcísio, artista com estudos no teatro e na engenharia elétrica, tem origens urbanas. Nascido e criado no centro da metrópole Belo Horizonte, Tarcísio se interessa em participar de movimentos cooperativos que visam a autonomia: as pessoas estão trabalhando sozinhas, acabou aquilo de fazer junto. No entanto, muitas delas também estão disponíveis para fazer coisas que fazem a diferença, conta Tarcísio.
Para o casal, a Feira UFMG é um exemplo de iniciativa feita em cooperação: a gente só cresce quando tem uma fidelização aos parceiros. A Feira UFMG virou uma família. Ainda, Tarcísio e Cleo pretendem transformar o sítio em uma experiência de turismo de base comunitária.
O Sítio Solar Paraíso está localizado em Macacos, distrito do município de Nova Lima. Macacos está situada em uma região com forte presença de atividades mineradoras, as quais têm gerado diversos impactos ambientais na região, principalmente na qualidade e disponibilidade das águas. O conflito que envolve as águas e solos da região, afeta diretamente a vida cotidiana do Sítio Solar Paraíso e outras/os produtoras/es locais. Se conseguirmos barrar [a mineração], queremos provar que é possível recuperar a terra pela agroecologia, diz Tarcísio.
