- 17 de nov. de 2015
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De 21 a 24 de outubro de 2015 participamos do “I Encontro Nacional de Agricultura Urbana: Agroecologia e direito à cidade”, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ).
O Encontro contou com painéis, instalações pedagógicas e oficinas e debateu sobre políticas públicas, direito à cidade e à alimentação saudável. O evento contou também com uma feira feira agroecológica promovida por agricultores/as de todo o país.
O 1° ENAU foi organizado pelo Coletivo Nacional de agricultura Urbana (CNAU), a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e proporcionou o encontro de diversas experiências de todas as regiões do Brasil durante os cinco dias de encontro. Um dos objetivos do evento era dar voz às experiências locais para criar força, coesão e sentido de pertencimento a uma rede nacional de experiências em agricultura urbana.
Para dar coesão a esta rede, durante o encontro foi escrita uma Carta Política, que traz a pauta geral de reivindicações e temas discutidos durante o encontro e que devem orientar as ações voltadas para a agricultura urbana nos próximos anos, entre eles:
o reconhecimento das/os sujeitos da agricultura urbana na conservação, proteção e promoção das culturas alimentares;
criação de uma Política Nacional de Agricultura Urbana;
garantia do acesso à terra, promovendo segurança jurídica e regulamentação fundiária e impedindo a especulação imobiliária em áreas urbanas produtoras de alimentos;
garantia de assistência técnica agroecológica e multidisciplinar;
fomento e facilitação de acesso às sementes crioulas;
garantia do uso contínuo dos espaços públicos urbanos para plantios de espécies agrícolas e medicinais;
viabilização da emissão da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) para agricultoras/es familiares em territórios urbanos e periurbanos;
fomento à logística e comercialização de produtos oriundos da agricultura urbana, principalmente por meio de incentivos a feiras agroecológicas;
integração entre as experiências de campo e as universidades, fortalecendo o ensino, a pesquisa e a extensão universitárias, com especial atenção aos Núcleos de Estudo e Pesquisa em Agroecologia (NEAs);
valorização e promoção de práticas de educação alimentar nas escolas, relacionando-as às práticas agroecológicas de produção;
ampliação do debate acerca das regiões periurbanas para definir estratégias específicas e integradoras para as zonas de transição entre urbano e rural;
promoção de um amplo mapeamento de agricultura urbana que possibilite a definição de perfil das/os agricultoras/es e das experiências em curso em todo país.
Algumas reportagens publicadas online sobre o encontro:
